Essa procissão de ideias que segue o caminho sem pensar... Esse pendor pelo que não é banal Esse afeto pelo que gera mal estar. Nunca pensou que sumir seja uma forma de aparecer? Que a distância seja uma forma segura, de lhe ter? De que adianta eu te querer se você é vento, poeira... E eu não poderia te guardar nos meus braços... De que adianta eu mergulhar nos seus passos Se você está sempre à beira de abismos, pedras, vôos altos... Não sei acompanhar seu ritmo Mas observo com amor sua meninice e sua adultez Dos males, o menor, é o meu talvez. Dos bens, quando te olho, é tão legítimo... (Raquel Amarante)
"Quem medirá o calor e a violência do coração dos poetas quanto capturados e aprisionados no corpo de uma mulher?" (Virginia Woolf)